Era um jogo decisivo para decidir o futuro da equipa na competição. Apesar de ser muito difícil conseguirmos o segundo lugar do grupo à partida para esta jornada ainda era matematicamente possível.
Numa tarde de chuva e com um terreno pesado sabíamos que era o momento do tudo por tudo e fomos à "luta". Tínhamos alguns jogadores em dúvida para o jogo, caso do Miguel Damásio que acabou por não vestir o equipamento e do Cláudio Ramos que por precaução começou no banco de suplentes.
Equipa Inicial:
- Rúben Carapeto;
- Pedro Veiga, Edgar Carapeto, André Ramos e Rui Militão;
- Ricardo Borges, Sérgio Seixas e Mário Neves (c);
- Nuno Grazina, David Carvalho e Marco Dias.
Suplentes:
- Paulo Silvestre, Cláudio Ramos, José Pedro, Tiago Trombinhas, Diogo Pimentinha e Luís Honório.
1ªParte
A equipa visitante entrou melhor em campo e acabou por conseguir ganhar o meio campo nos primeiros 20-25 minutos, no entanto apenas conseguiu criar perigo através da marcação de um pontapé de canto. Foi por pouco que o jogador do Faro dentro da nossa pequena área não inaugurou o marcador, rematando a bola por cima da baliza após um desentendimento entre a defesa e o guarda-redes. Este lance serviu para despertar a nossa equipa e começamos a atacar mais e a preencher melhor os espaços a meio-campo. Quando a equipa já estava mais balançada para o ataque o meio-campo do Faro recupera uma bola e coloca-a nas costas dos centrais da nossa equipa, o avançado do Faro isola-se e bate o guarda-redes Rúben (0-1). A equipa não baixou os braços e através de um pontapé de canto esteve perto do golo onde após um ressalto de bola muito perto da pequena área eu consigo fazer o remate mas a bola vai ao poste da baliza do Faro. Foi um aviso para o que passado alguns minutos viria a acontecer, mais uma vez um canto muito bem marcado por Mário Neves e aparece Marco Dias junto à baliza encosta a bola para o fundo da baliza adversária e faz o empate (1-1). Passados alguns minutos o árbitro apita para o intervalo.
(1-1)
2ªParte
Para a segunda parte o Tiago mexeu na equipa com o objectivo de alcançar os 3 pontos, visto que o empate de nada nos servia em termos classificativos. Entrou o Cláudio Ramos e saiu o Ricardo Borges e deu-se um reajustamento na defesa e meio-campo. Entrámos melhor na segunda parte em relação à primeira e o jogo encontrava-se dividido sendo que a nossa equipa passava mais tempo na área do Faro. Durante toda a segunda parte a equipa do Faro tentou explorar o contra-ataque e foi num desses lances em que a bola é cruzada para a área e aparece um jogador nas minhas costas e acaba por cabecear a bola para o fundo da baliza (1-2). Foi um balde de água fria pois sentíamos que estávamos mais perto do golo do que a equipa adversária. Nos cerca de 30 minutos que faltavam já com mais dois avançados e com o central Edgar também na frente a equipa dava o tudo por tudo, falhámos 2 oportunidades claras de golo e mais algumas menos evidentes. O Faro também dispôs de uma oportunidade de golo quando após o avançado do Faro e já com o guarda-redes fora da baliza, o remate vai ao poste. Entretanto o Faro viu-se reduzido a 9 elementos, após expulsão primeiro por uma entrada violenta às pernas do Marco Dias (vermelho directo) e mais tarde por acumulação de amarelos num lance em que o José Pedro é travado à entrada da área quando já ia isolado para a baliza. Houve também um lance na área do Faro onde se pediu penalty por mão na bola de um jogador do Faro mas que o árbitro nada assinalou. Perto do final num livre bem marcado por Cláudio Ramos eu consigo fazer o desvio de cabeça para o fundo da baliza adversária (2-2). Tivemos ainda algumas oportunidades para conseguir sair do jogo com a vitória mas a pontaria não se encontrava afinada.
Foi um bom jogo de futebol, com muita entrega dos jogadores e incerteza no resultado. Penso que o árbitro fez uma arbitragem regular num jogo difícil de arbitrar. É um árbitro que não pertence à nossa zona e veio para colocar as regras estipuladas em prática, como tal solicitou os coletes para os devidos seguranças e exigiu que os mesmos não se deslocassem das respectivas zonas. Para alguns pode ser considerado preciosismos do árbitro mas o que é certo é que não se está habituado a ver essas regras colocadas em prática. Quanto a mim o senhor árbitro esteve bem nesse aspecto pois se fossem todos assim de certo que o campeonato estaria muito melhor e com menos casos.
Quero ainda realçar o excesso de tempo perdido por os homens do Faro quando se encontravam em vantagem no marcador, sobretudo nas substituições. Já é o segundo ou terceiro árbitro que vejo a espera impávido e sereno que o jogador abandone o campo e quando eu vou pedir um pouco mais de rapidez no processo, porque se trata de um gesto de anti-jogo, sou surpreendido com a resposta "Não posso fazer nada, não se preocupe que o tempo está a contar."
Agora uma opinião minha minha:
Então mas brincamos ?Ou sou eu que já sei nada disto? O jogador pode e deve ver o cartão amarelo quando demora demasiado tempo a sair de campo e está com capacidade física para tal, digo eu sem ir ver as regras.
Resta dizer que com o empate ficámos de fora do apuramento para a fase dos vencedores, agora vem o Natal e é tempo para estar com a família, em Janeiro estaremos de regresso à competição sempre com vontade, determinação e ambição em ganhar todos os jogos!
André Ramos
Pois,pois. Queixaram-se do jogo das Neves (onde,ao que parece foram massacrados), mas parece que foi total roubalheira a favor do Beringelense. Expulsões que não deveriam ter sido, e um sem fim de pequenas faltas a não deixar o Faro progredir no terreno. O Beringelense tinha de ganhar a todo o custo, mas parece que nem com a ajuda do árbitro conseguiram. Por isso gabam o árbitro que veio de Setúbal. Só se apercebeu da segurança e pediu os coletes "da sport zone"ao intervalo.
ResponderEliminarclaro, não marcam grandes penalidades a nosso favor e somos ajudados? abre mas é os olhos homem, aprende a ver bola.
ResponderEliminarPedro Veiga
Senhor Anónimo, eu aceito que o senhor não perceba nada de futebol, aceito que tente puxar para o seu lado, até aceito que toda à gente tenha o direito a ser idiota, mas meu amigo, o senhor tá a abusar desse direito.
ResponderEliminar"Expulsões que não deveriam ter sido", eu não vou comentar a segunda expulsão, pois foi por acumulação de amarelos e sinceramente já nem me recordo do 1º. amarelo que o jogador do Faro do Alentejo levou.
Contudo, o vermelho directo, dizer que uma entrada daquelas não é merecedora de cartão vermelho, é no mínimo ridículo, o senhor só pode dizer isso caso não perceba nada de futebol (algo que já me convenceu), ou que não viu o lance de perto (algo que também não deve ter visto).
Fica-lhe mal falar do que não sabe, a entrado do jogador do Faro do Alentejo que lhe valeu o vermelho directo, foi em TUDO idêntica à entrada do Axel Witsel aqui há uns meses sobre o Marcin Wasilewski, quem não se lembra pode ver aqui http://www.youtube.com/watch?v=_BB4gSvyc4I
a única diferença foi que a minha perna não ficou presa no chão, senão tinha partido a perna, como aconteceu com o Wasilewski.
O incrível nisto tudo, é que o senhor não reprova a entrada do jogador do Faro do Alentejo, pelo contrário, vem afirmar que não era razão para expulsão!
Sinceramente, e não o querendo ofender (algo certamente difícil dado o seu nível de ignorância), sugiro-lhe que se dedique à pecuária, não tenho dúvidas que o senhor percebe mais de porcos e ovelhas, do que de futebol.
Amen
Queria também fazer uma "análise" a esta 1ª metade da época do Beringelense, saindo um bocado da pele de jogador e tentando meter-me como espectador neutro.
ResponderEliminarO Beringelense fez uma excelente pré-época, com excelentes resultados, o 3º. lugar no torneio da câmara foi uma prova disso.
No entanto, na minha opinião, faltou algo que é muito importante para a estabilidade do plantel, haviam muitos jogadores, muitas mudanças, apesar do sistema táctico estar definido, ter por exemplo o Ricardo Borges a pivot é diferente de ter o André Ramos ou o Daniel, apesar de jogarem na mesma posição desempenham um papel diferente no jogo, o Ricardo mais equilibrador, o André/Daniel mais como construtores, e creio que foi isso que aconteceu muito na pré-época em várias posições, não foi criada uma "equipa base".
Apesar da pré-época ser mesmo para isso, experiências, ter jogadores a mais muitas vezes é um um factor prejudicial.
Começou então o campeonato e começamos com um empate frente ao São Matias, jogo que com um bocado mais de frieza no momento da finalização poderíamos ter ficado com os 3 pontos.
Seguiram-se depois os jogos frente ao Mombeja e Faro do Alentejo que perdemos pela margem mínima, empatamos em casa com o Figueirense num jogo em que também poderíamos ter ficado com os 3 pontos e fomos às Neves, num jogo em que fomos de facto bastante inferiores à equipa das Neves, mas fomos muito empurrados para isso, foi sem dúvida a pior arbitragem que já vi até hoje.
Com muita culpa também para os dirigentes das Neves que pressionaram os árbitros de forma inaceitável e repugnante.
Na 2ª fase tudo mudou, e mudou curiosamente quando foi criado esse núcleo duro de 13/14 jogadores, a atitude foi outra e acabamos por levar por vencida a equipa do São Matias, num jogo em que nunca baixamos os braços e em que o Mister Tiago tirou da cartola o João Silva e o Tiago Trombinhas, que saídos do banco marcaram os 2 golos da vitória.
ResponderEliminarSeguiu-se mais uma vitória no terreno do Mombeja por uns expressivos 3-0, num jogo em que o Mombeja só criou perigo com "balanada para a frente".
Em casa contra o Faro do Alentejo empatamos, num jogo em que também podíamos ter ido um pouco mais longe.
O Faro do Alentejo apostou no jogo directo, e nós como habitualmente mantivemos a nossa identidade e procuramos sair a jogar e praticar um futebol apoiado, algo que nem sempre foi possível devido as condições do terreno.
Em suma, fiquei contente com esta evolução da equipa, houve alguns jogadores que realmente se revelaram uma mais valia para a equipa, a ida do Mário para o centro e a inclusão do Rui na esquerda a meu ver foi dos factores mais importantes para as boas exibições da equipa, com o Rui na esquerda conseguimos ter mais capacidade ofensiva e criar mais desequilíbrios, e com o Mário no centro temos maior capacidade de passe, é mais fácil jogar apoiado e temos um jogador que pode fazer a diferença com remates de meia distância.
Também fiquei surpreendido pela positiva com o Sérgio, é sem dúvida um jogador de muita qualidade, que consegue levar a equipa para à frente, cravar muitas faltas e desequilibrar no ultimo terço do terreno, se ele mantiver o colectivo sempre em 1º. plano ainda tem muito potencial para explorar.
Não posso deixar de mencionar o Zé Miguel, que tem sido um exemplo no plantel. É um jogador humilde que tem total noção das suas capacidades e limitações, é um jogador fundamental no balneário, cria bom ambiente, integra muito bem os novos jogadores.
Nunca o ouvi a reclamar por não jogar, nunca o ouvi a mandar bocas, nunca o ouvi a criar qualquer tipo de ambiente desestabilizador, é sem dúvida um exemplo a seguir para os mais novos e não só.
No entanto, apesar de estarmos a passar um bom momento em termos de resultados e exibições, há alguns factores que na minha opinião são necessários melhorar para tornar a equipa ainda mais competitiva.
- Adesão aos treinos (É complicado para qualquer treinador fazer um bom trabalho com uma fraca adesão dos jogadores aos treinos, muitas vezes o Mister Tiago faz a planificação do treino contando com um determinado numero de jogadores, depois aparecem muito menos do que ele espera, isto faz com que ele tenha que alterar o treino que tinha anteriormente estipulado e também acaba por desmotivar quem vai treinar, pois a única maneira de evoluir é havendo competição, e sem competição interna os jogadores tendem a estagnar).
- Transições defensivas ( Acho que este tem sido o nosso calcanhar de aquiles, principalmente na 2ª volta, quando a equipa perde a bolo somos muito lentos a reagir, o 2º golo do Faro do Alentejo foi um bom exemplo disso, a equipa estava toda balanceada no ataque, e assim que perdemos a bola não fomos suficientemente rápido a posicionarmos e recupera-la, algo que pode ser obviamente treinado e melhorado.
Quero também evidenciar o que na minha opinião, é a nossa maior arma, o jogo apoiado.
Temos jogadores com muita qualidade de passe, e quando jogamos apoiados é muito difícil para o adversário criar perigo, e é muito mais fácil para nós criarmos espaços para fazermos a bola chegar à área adversária.
E é tudo, feliz natal e bom ano novo a todos xD
marco dias a presidente do beringelense
ResponderEliminaró andréi pelo que escreves aqui o ano inteiro merecias um cabaz de natal
ResponderEliminaracho que os jogadores do Beringelense não se preocupassem tanto com o árbitro durante o jogo podima ganhar mais uns joguitos, mas vocês é que sabem! A opinião está transmitida, agora êm duas opções ou se armam em otários donos da razão e não mudam nada ou aceitam com a humildade que lhe faltou nos últimos tempos e mudam a atiude em campo.
ResponderEliminarFeliz natal.
PS- Já agora o árbitro não é médico para avaliar as capacidades fisicas dos jogadores, se estes saiem de campo em passo lento só têm que descontar o tempo, agora se vão a sair e depois voltam para trás e essas coisas é que devem mostrar cartões.
pois não, o árbitro não é médico para avaliar as capacidades fisicas dos jogadores, lembro.me que no ultimo jogo o árbitro mostrou um cartão amarelo a um jogador do beringelense por ele estar a fingir, no entanto esse jogador tem o pé roxo.
ResponderEliminarPedro Veiga
Gostei muito do teu comentário Marco, estou de acordo com a tua análise.
ResponderEliminarTinha pensado em fazer um post com esse tipo de análise mas posto isto já não me parece necessário.
Também acho que merecia um cabaz, estou aberto a ofertas. :P
Um feliz natal a todos os jogadores, directores e adeptos do U.D.C.B. E para verem que não sou anti-anónimos, um bom natal para eles também.
Espero que o menino tenha sido gordinho e que tenha servido para recuperar calorias!
André Ramos