A contar para a segunda jornada desta 2ª fase, este sábado recebemos os actuais campeões do INATEL.
Infelizmente ao contrário do que esperávamos tivemos uma baixa de última hora, o Daniel, que por indisponibilidade física não pode dar o contributo à equipa. Tinha sido uma mais valia importante pois com o estado do terreno algo pesado, a sua habitual disponibilidade física teria sido importante neste jogo. Apesar disso não foi a primeira vez que não pudemos contar com ele e a equipa sempre teve como principal arma o colectivo.
O onze inicial escalado pelos treinadores Pedro Xavier e José Inverno foi parecido ao do último jogo com a Trindade. Apenas o regresso de Mário Neves obrigou a alterações no 11.
Titulares: Rúben Carapeto, José Torrado, Cláudio Ramos , Edgar Carapeto, Mário Neves (c), Ricardo Borges, José Rolim, André Ramos, Marco Dias, Vítor Galvão e Tiago Trombinhas.
Suplentes: Hélder, José Miguel, Miguel Reis, Fernando Jorge, David Carvalho e Dionísio.
1ª Parte
Na marcação do primeiro canto e após alguns ressaltos a nosso favor inaugurámos o marcador por Marco Dias que ao segundo poste concretizou um lance polémico (*1) na área do Louredense.
A equipa do Louredense encontrou-se em desvantagem bastante cedo e começou a criar perigo através de lançamentos longos (por intermédio de Jorge Lúcio) para as costas dos nossos laterais.
O perigo começava a rondar a nossa baliza que mesmo assim não obrigava o guarda-redes Rúben a grandes trabalhos. Num desses lances o Lourendense pede penalty (*2) mas que o árbitro não assinala.
Nós conscientes da importância de chegar ao intervalo em vantagem tentávamos contrariar o fluxo ofensivo do Louredense. Num lance na área do Louredense, desta vez é a nossa equipa que reclama por uma grande penalidade (*3) em que também o árbitro manda seguir o jogo.
Antes do intervalo o defesa direito do Louredense num cruzamento para a área em que a bola faz um arco bastante acentuado e acaba por ir à baliza, o nosso guarda-redes acaba por perder o equilibrio deixando a bola entrar na baliza e o Louredense chega ao golo do empate. Foi um momento infeliz do nosso guarda-redes que tem feito exibições de grande nível ao longo do campeonato.
2ª parte
As duas equipas entraram para a segunda parte com o vontade de ganhar mas com muito mais vontade do que cabeça. O Louredense entrou melhor e conseguiu mais posse de bola mas sem nunca conseguir criar muito perigo.
Nós tentávamos o contra-ataque para tentar chegar à área do adversário mas sem grande êxito.
Sensivelmente a meio da segunda parte num lance mais uma vez polémico na nossa área o árbitro desta vez decide-se por marcar o penalty (*4). O avançado do Louredense não desperdiça e completa a reviravolta no marcador.
Após isto e já com os nossos jogadores algo debilitados fisicamente mas com muita vontade de chegar ao empate, criámos algumas situações de golo em que com alguma felicidade o Louredense conseguiu resistir. Prova disso foi um remate a barra e uma jogada em que o defesa direito corta a bola quando esta já tinha passado pelo guarda-redes e tinha tudo para entrar na baliza.
Balançados para o ataque e sem forças para recuar nos devidos momentos o Louredense também dispôs de algumas oportunidades para "matar o jogo" mas tal não aconteceu.
Vou agora fazer algumas considerações sobre os lances polémicos da partida:
(*1) No lance do golo do Beringelense o jogador José Rolim é derrubado quando ja dentro da pequena área tinha tudo para fazer o golo e o árbitro mandou seguir o lance que depois Marco Dias acabou por concluir.
Não existe lei da vantagem neste caso e como tal o penalty devia ter sido marcado e o jogador do Louredense expulso.
(*2) Lance na área do Beringelense em que o guarda-redes Rúben derruba um jogador do Louredense na área.
Antes do derrube, o jogador do Louredense toca com a mão na bola e logo devia ter sido marcada um falta a favor do Beringelense.
(*3) Lançamento do lado esquerdo do ataque do Beringelense para Marco Dias que recebe a bola dentro da área do Louredense e é carregado por trás em falta ("até se ouviu"). O jogador fica caído e a defesa do Louredense recupera a bola.
Penalty por marcar a favor do Beringelense.
(*4) Após um ressalto de bola na área a bola vai à mão de um jogador do Beringelense e o árbitro assinala penalty.
O jogador do Beringelense falha o corte e com um movimento natural do braço após o movimento da perna acaba por tocar a bola que por sua vez foi ao chão e quando subiu entrou em contacto com a mão do jogador. Estou certo que é um lance muito polémico pois a trajectoria da bola é alterada, estou certo que não era intenção do jogador cortar a bola com a mão logo seria um caso de bola na mão mas por outro lado muitos árbitros optam por marcar todos os lances em que existe o toque de bola na mão dentro da área e logo aceita-se a decisão do árbitro.
Tal como prevíamos foi um jogo muito complicado que foi jogado mais com o coração do que com a cabeça. Não se praticou um futebol vistoso mas foi um jogo interessante e bem disputado, sendo que o Louredense teve a sorte do jogo.
Homem do jogo Beringelense: Edgar Carapeto
Homem do jogo Louredense: Diogo Baía
O árbitro teve um jogo dificil com bastantes casos, de resto conseguiu controlar o jogo sem mostrar muitos cartões.
André Ramos